domingo, 1 de outubro de 2017

The Sword of Ianna


Nome: The Sword of Ianna
Editora: Retroworks
Autor: Utopian e Pagantipaco
Ano de lançamento: 2017
Género: Aventura
Teclas: Redefiníveis
Joystick: Kempston, Sinclair
Número de jogadores: 1

Corre o mito na aldeia de que houve um momento terrível, quando o destino dessas terras estava nas mãos de uma única pessoa: Jarkum. E Jarkum, herdeiro de Tukaram, estava marcado desde o seu nascimento, tendo sido treinado não só nas artes da luta e da guerra, mas também na astrologia, medicina e meditação. Tudo isto viria a ser necessário se um dia o seu destino fosse cumprido e a deusa Ianna o chamasse para lutar contra o mal. Só se podias rezar por Ianna até ao momento em que Jarkum estivesse pronto para enfrentar seu destino...


Aqui começa a história de um dos lançamentos mais aguardados do ano, a mega-produção da Retroworks, The Sword of Ianna, e que não vai desiludir ninguém, sendo um sério candidato a jogo do ano. Como curiosidade o facto de ser lançado quer para o ZX Spectrum (128 K), quer para o MSX2, que também parece estar a ter uma nova vida.

O jogo vai buscar inspiração a clássicos como Prince of Persia e Castlevania, sendo graficamente muito semelhante a este último. Comparando-se a um dos melhores jogos que alguma vez foi lançado para o Spectrum, mesmo tendo saído muitos anos após a época dourada deste, dá logo a entender que o que aqui temos é de elevada qualidade. E é mesmo isso que se passa, pois The Sword of Ianna é, a todos os níveis, cinco estrelas, explorando ao máximo as capacidades do Spectrum (e também do MSX2, pelo que nos foi dado a ver).


Quem também já jogou Prince of Persia ou Castlevania (haverá alguém que não o tenha feito?), sabe precisamente o que aqui vai encontrar. Temos assim que explorar um imenso mundo místico, com todo o tipo de inimigos a quererem tratar-nos da saúde. E alguns são bem chatinhos. Aliás, o nível de dificuldade é muito elevado, o que torna a recompensa maior sempre que conseguimos ultrapassar algum obstáculo ou inimigo de maior calibre.

Explorar é também o que temos que ir fazendo a todo o momento. A nossa espada não serve apenas para limpar o sebo aos nossos inimigos. Serve também para destruir alguns blocos que escondem tesouros e a preciosa comida, que muito necessitamos para repor a nossa energia. É que se há alguns obstáculos que ao mínimo toque são fatais, e neste caso o nível de energia de nada serve, há os inimigos que de cada vez que nos atingem com as suas armas, delapidam um tanto da nossa força. Assim, a nossa primeira tarefa é descobrir a forma de eliminar cada um dos nossos inimigos, que têm características e capacidades diferentes. Convém ainda termos em atenção quedas de locais muito altos. Portanto, o nosso conselho é que vão comendo toda a comida que forem encontrando, pois vão necessitar de ter sempre os vossos níveis energéticos no máximo.


Em alguns pontos encontram-se também, sempre muito bem guardadas, alavancas que permitem desbloquear portas, mover paredes, colocar plataformas, etc., e que nos permitem aceder a novas salas. Assim, apesar de deambularmos num labirinto, existe uma sequência  lógica que evita que tenhamos que passar inúmeras vezes pelo mesmo ponto, e que poderia trazer alguma monotonia a esta bela experiência que é jogar The Sword of Ianna.

Também podem ver pelos ecrãs que disponibilizamos que cor é o que não falta por aqui. Os gráficos são espantosos, o som uma pequena maravilha, obra de Albert Mcalby, e tudo se encontra tão bem polido, que se torna um autêntico vício vaguear por este mundo.

A haver algum ponto menos bom, apenas o dos controles, que exige alguma curva de aprendizagem, dado que existem duas teclas de disparo (uma para o manejo da arma, outra para embainhar ou desembainhar a mesma), e em situações de stress ou de exigência de reacção rápida (e que acontece com muita frequência), nem sempre conseguimos acertar com a tecla correta, levando a consequências fatais. Por vezes a própria tecla de disparo não parece responder imediatamente, mas poderá ser "nabice" nossa, apenas.


De realçar ainda um sistema de passwords entre níveis que nos permite ir gerindo os tempos destinados ao jogo, assim como evita termos que repetir todos os passos já dados de cada vez que começamos uma nova aventura. Ainda apenas chegámos ao segundo nível, mas fica aqui a password (D4545C558B) e convidamo-vos a mandarem as restantes.

Mas também a própria apresentação de The Sword of Ianna é um luxo. Apesar de poderem descarregar o mesmo gratuitamente aqui (ou poderão fazer uma doação para os autores, que bem merecem), podem também adquirir a versão física que incluí a cartridge com o jogo, uma pequena história e mais algum material adicional, valendo bem os 40 euros pedidos por esta primeira edição de colecionador (atenção que está quase esgotada).

Assim, o nosso conselho é: corram a descarregar ou a comprar The Sword of Ianna. Irão ficar deslumbrados.

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