quinta-feira, 29 de março de 2018

Heavy on the Magick


Nome: Heavy on the Magick
Editora: Gargoyle Games
Autor: Roy Carter, Greg Follis
Ano de lançamento: 1986
Género: Aventura gráfica
Teclas: NA
Joystick: NA
Memória: 48/128 K
Número de jogadores: 1

Em 1986, uma pequena editora conhecida por lançar lançar excelentes, mas complexas aventuras gráficas, propõe-nos entrar no mundo da magia e dos RPG.

Assumimos então em Heavy on the Magick o papel do jovem Axil, pretendente a mágico e que por um grande infortúnio ou talvez apenas pela ingenuidade da idade, foi encerrado num enorme labirinto de calabouços. A sua única salvação é conseguir encontrar uma das três saídas disponíveis, socorrendo-se para isso de um livro de feitiços que encontra ao seu dispor. Parca ajuda, pois estamos perante duzentas e cinquenta e cinco salas em quatro níveis, vinte e uma diferentes criaturas, todas mortíferas, embora de uma forma ou doutra vos possam ajudar, e duzentos e oitenta objectos que poderão usar e combinar para vos ajudar a sair de tão periclitante situação.


Só pela dimensão da área de jogo e pelo número de objectos poderão ver o quão complexa e grandiosa é a vossa tarefa. Tendo várias forma de completar a missão, ainda antes da mesma começar já terão que tomar opções estratégicas que vão depois influenciar o desenrolar do jogo. São três os parâmetros que poderão modificar de acordo com as características que melhor se adaptam à vossa forma de jogar: stamina (energia), skill (habilidade) e luck (sorte). Escusado será dizer que se a vossa energia chegar a zero, morrem de forma inglória e horrenda, como aliás a mensagem final do jogo vos faz questão de transmitir.

Apesar de toda a complexidade não terão um grande manual para ler. Este é pequeno e até está escrito de forma um pouco críptica (a edição é um luxo, com uma clam shell muito bem concebida e um manual que é um regalo para os olhos - até neste ponto a Gargoyle Games está de parabéns). Mas convém dar-lhe uma leitura, pois dá-vos algumas dicas bastante úteis, além de que vos permite aprender o Merpish, linguagem semelhante ao inglês mas usada por todas as personagens nesta aventura (não se assustem, pois esta é extremamente simples).


Mas acima de tudo, o que têm que fazer, mais do que ler qualquer manual, é explorar. Explorar todos os recônditos, experimentar todos os objectos e mapear os calabouços (damos uma ajuda e deixamos aqui o mapa bem como o local dos objectos). Uma coisa poderão ter a certeza, irão morrer vezes sem conta até começarem a avançar alguma coisa. E para conseguirem terminar a missão irão necessitar seguramente de muitas semanas.

Não se esqueçam também que apesar das criaturas serem vossos adversários, é possível (e desejável) comunicar com algumas delas, pois dar-vos-ão informação crucial para a vossa missão. Isto se tiverem a arte para sacar a informação, caro. Além disso, alguns objectos apenas serão visíveis após terem adquirido experiência (o quarto parâmetro do jogo, este não possível de ser definido inicialmente), implicando regressar muitas vezes a salas onde já tenham estado.


Ao nível gráfico, Heavy on the Magick é uma maravilha, conforme poderão avaliar pelos screenshots que aqui deixamos, elevando muito a fasquia para as aventuras gráficas que viriam posteriormente. Axil e as criaturas têm uma dimensão bastante razoável, contribuindo para dar uma atmosfera lúgubre ao cenário. Claro que com estas dimensões, a velocidade da acção é um pouco penalizada, mas esta também não é uma aventura para os mais apressados.

Para todos aqueles a quem o mundo da magia exerce alguma atracção ou para quem gosta de aventuras gráficas, este é um jogo obrigatório e que deverão descarregar ou adquirir o quanto antes. Aconselha-se esta última opção, pois embora não seja um jogo barato no mercado dos usados, o cuidado com que é colocado na caixa e manual, justifica o seu preço.

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